A autora não saiu da sua zona de conforto e também não conseguiu liberar todo seu potencial. Uma pena.

 
Título: Coroa Cruel
Autora: Victoria Aveyard
Tradutor: Cristian Clemente
Páginas: 232
Ano: 2015
Editora: Seguinte
ISBN: 9788565765923
Avaliação:   | Regular.
Sinopse: Duas mulheres — uma vermelha e uma prateada — contam sua história e revelam seus segredos. Em Canção da rainha, você terá acesso ao diário da nobre prateada Coriane Jacos, que se torna a primeira esposa do rei Tiberias VI e dá à luz o príncipe herdeiro, Cal — tudo isso enquanto luta para sobreviver em meio às intrigas da corte. Já em Cicatrizes de aço, você terá uma visão de dentro da Guarda Escarlate a partir da perspectiva de Diana Farley, uma das líderes da rebelião vermelha, que tenta expandir o movimento para Norta — e acaba encontrando Mare Barrow pelo caminho. Esta edição traz, ainda, um mapa de Norta e um trecho exclusivo de Espada de vidro, o aguardado segundo volume da série A Rainha Vermelha.

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Em A Rainha Vermelha (para quem quiser conferir mais sobre o livro, pode ler a resenha aqui) encontramos uma história incrível em que a autora mostrou ser capaz de encantar e surpreender o leitor a cada nova página. Depois de amar cada parte daquele livro, não tive dúvidas: eu não poderia deixar de ler o livro de contos da série A Rainha Vermelha. Coroa Cruel traz dois contos da série que antecedem o primeiro livro. Os contos focam na história de duas personagens: a mãe do príncipe Cal e a rebelde Farley. Aliás, se você ainda não leu A Rainha Vermelha, pode ser que a resenha contenha alguns spoilers do primeiro livro. Cuidado!

Vou começar falando do primeiro conto, intitulado "Canção da Rainha". Coriane faz parte de uma das casas em declínio. A casa Jacos não é uma das mais influentes e muito menos uma das mais ricas. Cori também não considera seu dom lá grande coisa. Com a Prova Real se aproximando, todas as garotas vão lutar com unhas e dentes pela coroa. Neste conto vamos ser apresentados ao primeiro encontro de Tiberias VI e Cori, suas dificuldades para se tornar rainha e o triste fim do seu reinado. Foi um conto controverso para mim, porque enquanto eu gostei de conhecer a mãe do Cal, foi um conto triste e não muito surpreendente. Na verdade eu tive até aquele dejavú, sabe? Aquela impressão que você já leu aquela história antes. 
Faz frio, o frio do outono, a estação da mudança e da morte. Nada assombra os céus ainda, nenhum jato para chover destruição sobre uma cidade já destruída.
Por mais que o primeiro conto não me surpreendeu muito, posso dizer que o segundo particularmente me entediou. Em "Cicatrizes de Aço" vamos conhecer a Farley. Diana Farley. Ela faz parte da rebelião desde criança. Através dela, vamos ser infiltrados na rebelião intitulada Guarda Escarlate e vamos saber quais são os pontos fortes e fracos dela. Inicialmente o conto trouxe algumas características que me surpreenderam. Eu acho a Farley uma das personagens que mais se destacam no primeiro livro, mas este conto foi TÃO entediante e massante, que foi literalmente uma luta para terminá-lo.

Olhando a obra no geral, não consegui de fato me envolver na leitura e em alguns pontos — principalmente no segundo conto — me deixaram extremamente entediados. Achei a autora meio perdida e não encontrei as características pessoais nela na obra, como se ela não tivesse de fato empenhada em escrever esses contos. Não vou dizer que não foi uma leitura válida, afinal temos acesso a detalhes importantes da trama que para quem realmente gosta da saga, valem a pena. Porém a autora não saiu da sua zona de conforto e não conseguiu liberar todo seu potencial. Uma pena, pois as duas histórias poderiam ter sido incríveis. 
Vamos nos levantar, vermelhos como a aurora.
Além dos dois contos o livro traz um mapa de Norta, os primeiros capítulos de Espada de Vidro (segundo livro da série) e um marcador na orelha da contracapa. A capa segue o padrão do primeiro livro e traz aquele tom prateado fosco na capa. Nos primeiros capítulos do novo livro, podemos esperar muitas surpresas e aventuras no próximo livro, mas depois desta leitura, vou ir com as expectativas um pouco mais baixas para não correr o risco de me frustar. De restante, a Editora Seguinte sempre arrasa nas edições. Texto bem traduzido e revisado, acabamento interno perfeito. 

Em suma, eu levei grandes expectativas para saber mais sobre os personagens e ver se autora tinha preparados algumas surpresas para os fãs da saga, mas não encontrei isso. Não ousando muito na escrita, ficando apenas no "raso" e muitas vezes se tornando cansativa, a leitura foi válida apenas por uma ou outra informação sobre a saga — a nível de curiosidades mesmo. 
Coroa Cruel é uma livro de contos extra da série A Rainha Vermelha, escrito pela autora Victoria Aveyard. A Editora Seguinte já publicou o segundo livro da série e podemos esperar mais alguns contos vindo por aí.

SOBRE A AUTORA
Victoria Aveyard cresceu numa cidadezinha em Massachusetts e frequentou a Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles. Ela se formou como roteirista e tenta combinar seu amor por história, explosões e heroínas fortes na sua escrita. Seus hobbies incluem a tarefa impossível de prever o que vai acontecer em As Crônicas de Gelo e Fogo, viajar e assistir Netflix.

1 comentários:

  1. A Rainha Vermelha já está em minha lista de próximos livros a serem lidos; pretendo ler em breve. Tenho ouvido ótimas críticas sobre ele. Não sabia que havia esse livro de contos da série.
    Sobre a resenha, tenham mais atenção com a revisão, nota-se falta de vírgula e palavras com grafia errada em muitos trechos.

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