Carrie, a Estranha, de Stephen King

Com litros de sangue fluindo do livro a maior parte do enredo, King consegue prender o leitor tormentosamente até o fim.

Título: Carrie, a Estranha

Autor: Stephen King

Páginas: 137

Ano: 2007

Editora: Objetiva

Avaliação: 3/5 estrelas

Sinopse: Carrie, a Estranha narra a atormentada adolescência de uma jovem problemática, perseguida pelos colegas, professores e impedida pela mãe de levar a vida como as garotas de sua idade. Só que Carrie guarda um segredo: quando ela está por perto, objetos voam, portas são trancadas ao sabor do nada, velas se apagam e voltam a iluminar, misteriosamente.
Aos 16 anos, desajustada socialmente, Carrie prepara sua vingança contra todos os que a prejudicaram. A vendeta vem à tona de forma tão furiosa e amedrontadora que até hoje permanece como exemplo de uma das mais chocantes e inovadoras narrativas de terror de todos os tempos

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Depois de jogar os rascunhos de Carrie no lixo e quase desistir do projeto, sua mulher o incentivou a continuar escrevendo porque a história tinha potência. Não quero apanhar dos fãs, por isso não vou dizer que não tem, porém foi um pouco frustrante para mim.

Se você tivesse a chance de revidar tudo de ruim que todos fizeram, você faria? Carrie faria. Depois de tudo o que ela sofreu em silêncio, é hora de mostrar quem é Carrie White. A premissa logo me fisgou, afinal todos gostam de uma boa vingança.

Durante o começo da trama conseguimos acompanhar a evolução das habilidades telecinéticas da protagonista, quando nos momentos de raiva sua habilidade aumenta consideravelmente. Se King tem um dom, o dom é saber criar personagens incríveis. Além da Carrie, sua mãe e seus colegas de classes são personagens marcantes e com personalidades bem construídas.

A narrativa fica é através de um dossiê elaborado após o ataque de fúria da Carrie. O dossiê conta os fatos da infância que estimularam o desenvolvimento do gene TC e a história não segue um padrão linear quanto ao tempo, são como fatos jogados aos poucos para o leitor e isso só contribui ainda mais para prender a atenção do leitor.

Se a premissa, a narração e os personagens me agradaram, por que eu disse que foi um pouco frustrante? Porque o desfecho da história foi algo que eu não esperava mas não me convenceu. A garota pode mover objetos só com a mente e o "estrago" que ela faz não é tão grande quanto eu esperava.

Li o exemplar da editora Objetiva e o livro possui uma capa coerente com a história, folhas brancas porém não muito finas e orelhas, tornando uma diagramação simples. Letra e espaçamento no tamanho padrão.

Com litros de sangue fluindo do livro a maior parte do enredo, King consegue prender o leitor tormentosamente até o fim. No geral, foi uma leitura rápida em que me peguei diversas vezes ansiando pelo final. 

Esse foi o primeiro livro que eu li do autor e já estou com Christine aqui, espero poder ler em breve. E vale lembrar que hoje é a estreia nacional do remake da adaptação deste livro, aproveitem e confiram os cinemas em que o filme está em cartaz.

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Stephen King era um leitor fanático dos quadrinhos EC's horror comics incluindo Tales from the crypt, que estimulou seu amor pelo terror. Na escola, ele escrevia histórias baseadas nos filmes que assistia e as copiava com a ajuda de seu irmão David. King as vendia aos amigos, mas seus professores desaprovaram e o forçaram a parar.