Não esperem uma história de terror horripilante, Joyland não é bem o que quiseram vender pra você.

 
Título: Joyland
Autor: Stephen King
Tradutor: Regiane Winarski
Páginas: 240
Ano: 2015
Editora: Suma de Letras
ISBN: 9788581052984
Avaliação:   | Regular
Sinopse: Carolina do Norte, 1973. O universitário Devin Jones começa um trabalho temporário no parque Joyland, esperando esquecer a namorada que partiu seu coração. Mas é outra garota que acaba mudando seu mundo para sempre: a vítima de um serial killer. Linda Grey foi morta no parque há anos, e diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Não demora para que Devin embarque em sua própria investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso. O assassino ainda está à solta, mas o espírito de Linda precisa ser libertado — e para isso Dev conta com a ajuda de Mike, um menino com um dom especial e uma doença séria. O destino de uma criança e a realidade sombria da vida vêm à tona neste eletrizante mistério sobre amar e perder, sobre crescer e envelhecer — e sobre aqueles que sequer tiveram a chance de passar por essas experiências porque a morte lhes chegou cedo demais.

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Eu preciso dizer que histórias que se passam em circos e parques de diversões chamam muito a minha atenção, ainda mais se tiver aquela pegada de meados dos anos 70 ou 80. Se já não bastasse uma premissa que chamou minha atenção instantaneamente, Joyland foi escrito pelo renomado autor do Stephen King., acho que dispensa apresentações, não é mesmo? Falar algo sobre o autor é uma coisa até batida já, todos sabem que quando o lance é terror, ele domina porque provavelmente a grande maioria já leu algo dele. Eu não queria deixar me levar pela ansiedade, mas assim que o livro chegou, eu logo comecei a lê-lo. Porém a empolgação aos poucos foi se esvaindo, o livro passou por um abandono temporário de alguns meses e, com a retomada da leitura, eu finalmente conclui o livro, mas devo dizer que ainda não sei exatamente o que pensar sobre essa história.

Depois de uma desilusão amorosa, Devin Jones decidi começar um trabalho temporário no parque Joyland. O parque não é um dos mais modernos e sofisticados, mas é um parque incrível. As crianças amam os brinquedos, adoram o carrossel, se divertem com o tiro ao alvo, mas há um brinquedo em específico que chama a atenção de Dev: o trem do medo. Isso poderia ser só mais uma história de terror contado pelos antigos empregados do parque, mas dizem que uma garota foi assassinada lá e que seu espírito habita lá até hoje. Logo Dev começa a procurar pistas e tentar descobrir se realmente aconteceu algo, e o que ele pode fazer. Mas será que Dev realmente quer descobrir a verdade por trás da morte da garota do trem do medo?
Este é um mundo muito conturbado, cheio de guerras, crueldade e tragédias sem sentido. Cade ser humano que o habita recebe sua porção de infelicidade e noites insones.
Eu vi em alguns lugares dizendo que esse é um dos livros do Stephen com uma pegada meio policial e deixando um pouco de lado o sobrenatural horror que estamos bem acostumados — para quem lê seus romances. Eu diria que o livro é um tênue entre os dois. Temos algumas histórias e uma investigação policial, mas lógico que a trama traz aquele toque sobrenatural característico. Porém, se for analisar o livro por esse quesito, é uma trama extremamente fraca. Não é um livro policial, não é um livro de terror e muito menos suspense, vendê-lo assim faz com que os leitores se decepcionem.

Por isso, vamos analisar o livro de uma maneira totalmente diferente. Não vamos esperar que o horror e o suspense nos atraiam para essa obra, mas vamos levar em conta a história de amadurecimento e envelhecimento de Dev, um protagonista ingênuo e puro de coração, alguém que tem seus defeitos e — assim como nós — também já sofreu na vida com desilusões amorosas, problemas na faculdade, trabalho, família. Por mais que o enredo não tenha muitas reviravoltas e nada de muito especial aconteça na trama, eu gostei do protagonista. Posso dizer que o que realmente me deu forças para chegar ao fim do livro, foi o protagonista.
Quando se trata do passado, todo mundo escreve ficção.
Acho que meu grande problema com esse livro, foi que o autor não conseguiu fazer com que eu comprasse a história dele. Pareceu sem um objetivo, minha cabeça ficou confusa. Toda hora eu esperava uma cena de terror, mas ela nunca chegou; em outro momento eu esperava uma investigação policial, mas isso também não ocorre. Simplesmente achei que a trama não tinha um objetivo, fiquei perdido e entendiado a maior parte do tempo da leitura.

Em suma, não é um livro que levou-me ao êxtase, mas também não é algo que não vale a pena a leitura. Apenas siga minhas dicas: não reserve esperanças alguma e, muito menos, espere um livro de terror. Talvez seguindo essas duas dicas, você consiga encontrar um livro com uma história que irá te emocionar e entreter com o protagonista carismático e o cenário maravilhoso criado pelo King. Joyland foi escrito pelo autor Stephen King e não faz parte de trilogias ou séries.

SOBRE O AUTOR
Stephen King é o autor de mais que cinquenta livros best-sellers no mundo inteiro. Em 2003, King recebeu a medalha de Eminente Contribuição às Letras Americanas da National Book Foundation e, em 2007, foi nomeado Grão-Mestre dos Escritores de Mistério dos Estados Unidos. Atualmente ele mora em Bargor, no Maine, com a esposa, a escritora Tabitha King. Seu filho também é escritor de terror, conhecido como Joe Hill.

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