Como a Novo Conceito pode escolher os livros mais incríveis do mundo? É o que eu sempre me pergunto.

 
Título: A Playlist de Hayden
Autora: Michelle Falkoff
Tradutor: Amanda Orlando
Páginas: 288
Ano: 2015
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581637044
Avaliação:   | Bom.
Sinopse: Depois da morte de seu amigo, Sam parece um fantasma vagando pelos corredores da escola o que não é muito diferente de antes. Ele sabe que tem que aceitar o que Hayden fez, mas se culpa pelo que aconteceu e não consegue mudar o que sente. Enquanto ouve música por música da lista deixada por Hayden, Sam tenta descobrir o que exatamente aconteceu naquela noite. E, quanto mais ele ouve e reflete sobre o passado, mais segredos descobre sobre seu amigo e sobre a vida que ele levava. A PLAYLIST DE HAYDEN é uma história inquietante sobre perda, raiva, superação e bullying. Acima de tudo, sobre encontrar esperança quando essa parte parece ser a mais difícil. 

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Como a Novo Conceito pode escolher os livros mais incríveis do mundo? É o que eu sempre me pergunto. Eu não sei você, mas assim que a editora divulgou a capa desse livro e sem mesmo ler a sinopse, eu já havia adicionado ele à minha lista de próximas leituras porque esse é um daqueles livros que eu sabia que me pegaria de um jeito gostoso e tocante. Quando os primeiros capítulos chegaram da editora e finalmente comecei a leitura, já não consegui mais tirar a história da cabeça. 

Sam brigou com seu melhor e único amigo na festa da noite passada, mas eles sempre estavam discutindo e dessa vez não seria diferente: ele iria até a casa de Hayden e eles seriam os antigos amigos como antes. Mas quando ele chega lá, ele acaba encontrando seu amigo morto. Ele se suicidou durante a noite. Para Sam, Hayden deixou uma playlist com algumas músicas que ele tentará usar para descobrir o que realmente aconteceu naquela noite.
Sentir raiva só iniciava o ciclo, um ciclo que já se tornava familiar. Ficar com raiva. Culpar Hayden. Sentir culpa. Ficar com saudade do meu amigo. Sentir raiva de novo. Porque eu não podia ser alguém normal e simplesmente me sentir triste como as outras pessoas?
É possível você se apaixonar por um livro apenas com um pequeno prólogo e o primeiro capítulo? A resposta é sim, COM CERTEZA VOCÊ PODE SE APAIXONAR POR UM LIVRO EM TÃO POUCAS PÁGINAS! A editora enviou apenas os oito primeiros capítulos, mas bastou ler o prólogo e o primeiro capítulo que eu já estava perdidamente apaixonado pela história. Eu não sei o que exatamente fez com que eu me entregasse tanto à história, eu só consigo dizer uma coisa: leiam! Leiam porque esse livro será um daqueles que você derramará lágrimas e ainda sim gostaria de reler tudo mais uma vez e mais uma e mais uma e mais uma.

A autora abordou logo de início vários problemas como o bullying — e principalmente o que ele pode gerar —, problemas familiares — abordando de a relação com os pais que muitas vezes é ausente, como a relação com irmãos — e claro, também trara um pouco sobre o suicídio — mostrando números espantosos. A autora tratar de todos esses assuntos é maravilhoso, mas na minha opinião a autora quis mostrar com tudo isso apenas uma coisa: no que realmente temos dado valor? Muitas vezes não tratamos bem as pessoas que mais amamos ou não fazemos coisas que queremos fazer por medo do que os outros vão pensar e aqui fica bem claro que a qualquer momento nós podemos perdê-las, que a vida passa e só nós mesmos somos os responsáveis pelo curso da nossa vida.

Por mais que o início do livro tenha me encantado, eu criei sim um elo com alguns personagens e amei a premissa criada, mas achei que a autora acabou deixando a história cair um pouco a empolgação. Eu estava lendo tão rápido e de repente a leitura começou a se arrastar um pouco, talvez tenha sido um pouco depois de eu "adivinhar" o final. A Michelle desenvolveu durante grande do enredo alguns mistérios e trouxe personagens misteriosos, mas ao longa da trama tudo começou a ficar tão claro e vamos dizer que a leitura ficou "sem graça". E não, o final não conseguiu me surpreender. Não estou dizendo que não vale a pena ler o livro por causa disso, só estou dizendo que a autora fez com que eu perdesse o ritmo da leitura e tornou a narrativa um pouco entendiante. 
Se havia alguma coisa que eu aprendera com a playlist, é que ouvir as pessoas pode ser importante.
Preciso agradecer o kit incrível que a editora enviou, que além do livro, também veio um fone de ouvido e um marcador lindo. Para quem não tem a mesma sorte que eu  isso, estou fazendo inveja mesmo a capa original foi mantida e eu gostei bastante, mas não há palavras o bastante para agradecer ao título escolhido, porque foi um alívio não terem traduzido o título ao pé da letra, seria mórbido demais  ficaria A Playlist da Morte ou Playlist dos Mortos. Obrigado aos que traduziram o livro! Fora isso, o livro segue o padrão de diagramação interna que já estamos habituados. 

No início pode parecer uma trama triste e melancólica, mas este livro provou ser algo profundamente intrigante. Por mais que a tristeza seja algo latente durante a leitura, você também consegue sentir a dor e a raiva tão pulsante nos personagens e realmente sentir todo aquele amor, aquela fraternidade e cumplicidade que qualquer um de nós já sentiu por seu melhor amigo. Por mais que o final tenha sido bem previsível e alguns personagens também, em suma gostei da história porque através dela eu pude ver que muitas vezes não damos valor aquilo que mais amamos e a trama deixa bem clara que podemos perder essas coisas a qualquer momento. A Playlist de Hayden é o livro de estreia da autora Michelle Falkoff e não faz parte de trilogias ou sagas.

SOBRE A AUTORA
Michelle Falkoff é graduada pela Iowa Writer's Workshop e hoje é a Diretora de Comunicação e Lógica Jurídica da Northwestern University School of Law. A Playlist de Hayden é o seu primeiro livro. Segundo ela, é impossível descrevê-la em poucas palavras porque ela é realmente muito complicada. Ela mora atualmente em Chicago, do estado de Illinois, nos Estados Unidos.

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