CRÍTICA | The 100, de Jason Rothenberg

Noventa e sete anos antes, um apocalipse nuclear dizimou o planeta Terra e destruiu a civilização. Os únicos sobreviventes foram habitantes de estações espaciais que estavam em órbita durante o acontecimento. Depois de tantos anos, a população das aeronaves aumentou e os recursos estão quase acabando, o que pode significar o fim dos seres humanos. Por isso, os comandantes enviam para a Terra cem jovens prisioneiros, na tentativa de testar a situação no nosso planeta e descobrir se existe a possibilidade de retorno ao local. Além de lidarem com as próprias diferenças, o grupo precisa se unir para enfrentar os perigos que os aguardam por causa da radiação. Para complicar, tudo indica que eles não estão sozinhos.

Quando soube da premissa da série, de cara já me empolguei. Quando saiu o primeiro pôster e o trailer, tive a certeza que seria uma ótima série. E saber que vem por aí o livro? Muito bom para ser verdade. Mas depois de assistir o piloto da série, fiquei sem palavras. Comecei a escrever sobre a série no exato momento em que terminei de assistir o episódio piloto e posso dizer que superou muito as minhas expectativas que já eram enormes.

No geral, os episódios pilotos introduzem a história, conhecemos os personagens e começamos a ambientalizar os cenários propostos. Nessa série acompanhamos muito mais que isso. Já no primeiro episódio conseguimos entender perfeitamente como funciona a Arca e qual o propósito de enviar os cem jovens para a Terra, compreendemos que o perigo não vem só da radiação que desolou a vida em nosso planeta, mas que entre eles há aqueles que não são dignos de confiança e que não estão sozinhos ali. E tudo isso vem acompanhado de bastante aventura e suspense, já que neste episódio já acorreram mortes de personagens que eu julgava como principais. Ou seja, não há momento algum em que o episódio fique tedioso ou que os produtores não nos surpreendam.
Os personagens são bem característicos e já tenho aqueles que amo e os que detesto. A protagonista ainda não me convenceu, acho muito sensata em alguns momentos e meio impulsiva em outros. Já a Octavia é aquela personagem nada heroína e muito egoísta, já conquistou meu coração. O vilão, que não direi quem é mas que vocês saberão que é ele assim que ele aparecer, já me botou medo, tenho grandes esperanças com esse personagem, acho que ele vai conseguir animar a série mais do que os vilões das outras séries.

Gostei dos cenários utilizados e seus efeitos especiais, foram muito bem feitos. Tanto a Arca — nave espacial em que os humanos vivem atualmente — até as mudanças que ocorreram no nosso planeta. Conseguiram misturar um pouco a ideia de sci-fi com um mundo apocalíptico e deu certo.

Tenho muitas esperanças na série, acho que fará bastante sucesso entre os jovens com o avanço de várias distopias no cinema e na literatura, está série tem de tudo para dar certo. A série que estreou na televisão norte-americana desde a última quarta-feira na CW. Ainda não há informações sobre a exibição da série aqui no Brasil.

A editora Galera Record divulgou que o livro escrito por Kass Morgan e que inspirou a série, chegará às livrarias em abril e foi intitulado The 100 - Os Escolhidos. Para aqueles que já leram em inglês, disseram que a leitura foi bem desapontadora. Vamos aguarda o livro chegar às livrarias nacionais.